O número 23
O novo projecto de vida ... Iniciou a dois, agora somos cinco! Apareceu o habitante de quatro patas, a Princesa e o Rapazolas!
As obras à porta do 23 .....
Boas!
Ando há dias para escrever acerca do tema, não queria entrar pelo campo da resistência á mudança, da negação ou criticismo fácil. Vamos lá ver se consigo!
Conforme se vê na foto, isto anda tudo esburacado, qual o problema, há alguns, mas também há vantagens!
Ora vamos lá ver, segundo nos disseram na reunião de câmara para o efeito, o objetivo das obras era requalificar a zona, Estrada de Fátima e Largo da Misericórdia, bom na prática é mesmo isso que está a acontecer, nova rede de distribuição de água, passagem de todos os cabos aéreos para subterrâneos (eletricidade e comunicações), passeios pedonais largos, novo ordenamento do estacionamento e colocação de ecopontos.
Quanto aos passeios pedonais e estacionamentos, questiono-me todos os dias, precisamos de tanto passeios e tão pouco estacionamento? Não tenho dados concretos, posso estar errado, mas julgo que o número de lugares de estacionamento não aumenta significativamente, apesar de vir a ser suprimido um sentido ao trânsito rodoviário ……. não seria mais útil ao comércio local e moradores aumentar o número de lugares de estacionamento em vez dos m2 de passeios?
Não haveria hipótese de ter menos pedras, calçada e ao invés, existirem algumas arvores ou ajardinamentos?
Em tempos de crise, julgo que foi uma oportunidade única para requalificar a zona, uma vez que esta obra é comparticipada em cerca de 85% do seu custo por fundos da União Europeia, se assim é há que aproveitar!
É de louvar o facto de se contratar construtores e trabalhadores da nossa terra, assim, ajudamos os nossos conterrâneos a ultrapassar a crise, e garantimos postos de trabalho, todos sabemos a crise que afeta a construção civil!
No entanto, há que pensar não só neste sector de atividade mas também em todos os outros, será que os comerciantes desta zona serão beneficiados? Agora e no futuro? Parece-me que não, esta era das ruas mais movimentadas da vila, e além dos transtornos das obras (necessários para que se melhore), estes verão os seus potenciais clientes reduzir para metade, pois, se a via só terá um sentido, os habituais passantes não o poderão fazer, e nos dias que correm, estes não voltaram, não estarão dispostos a andar às voltinhas na vila só para passarem na grande “avenida” da vila, ainda por cima sem grande hipótese ou facilidade para estacionar!
Sr. Presidente e restantes responsáveis autárquicos, estaremos nós a beneficiar todos os que circulam, vivem e ganham o seu dia a dia na Estrada de Fátima e Largo da Misericórdia, ou estaremos só a ver o lado estético destas obras?
Abraços
Nuno Cerejo