O número 23
O novo projecto de vida ... Iniciou a dois, agora somos cinco! Apareceu o habitante de quatro patas, a Princesa e o Rapazolas!
A crise mundial...
Boa tarde,
E como no 23 não se fala só da vida em comum, também se olha para o ambiente que nos rodeia, deixo aqui algumas ideias do um artigo, “5 Lições da crise financeira mundial“ que li no Jornal Diário Económico, on line, de 14 de Abril de 2011, do jornalista Luis Leitão,
http://economico.sapo.pt/noticias/5-licoes-da-crise-financeira-mundial_115110.html
Assim, as “5 Lições da crise financeira mundial“, seriam,
- Juros baixos por muito tempo geram bolhas – “…Contudo, quando essa política se estende no tempo gera irresponsabilidade nos agentes económicos…”.
- Bónus astronómicos não geram riqueza – “… Segundo Rajan, "tal mecanismo incentiva os bancos a tomarem riscos que podem destruir a empresa ou mesmo todo o sistema financeiro."”.
- Comprar e vender algo que não se conhece nunca acaba bem - "… como descreveu Warren Buffett, com a particularidade de apenas meia dúzia de pessoas no mundo saberem exactamente como estes produtos funcionavam, apesar de toda a gente os negociar…”.
- Promiscuidade política gera maus resultados.
- Brincar com o fogo só pode terminar mal.
Este artigo, serve pelo menos, para nos colocar a pensar um pouco acerca daquilo que todos fizemos ao longo dos últimos anos.
Todos nós, recorremos á banca para adquirir bens (casa, carro, ….), até aí tudo bem. Mas quantos de nós resistimos ao endividamento excessivo, porque as campanhas eram boas e o juro até nem era caro?
Era como se fossemos ao supermercado e comprássemos um sem número de coisas só porque estavam em promoção, mas estas nem faziam parte dos nossos hábitos de consumo, mas eram baratas….
Quantos de nós, porque conhecíamos o nosso gestor de conta, não compramos, ou como lhe gostávamos de chamar, “aplicávamos” algumas poupanças nuns “produtos” que o nosso gestor de conta nos falava, com elevadas taxas de rentabilidade e que agora valem pouco mais que 0 ? (Comprar e vender algo que não se conhece nunca acaba bem?)
Também fomos bastantes a pensar, “que raio, todos ganham dinheiro com ações, eu também vou ganhar”, e vai de comprar ações, até é fácil, qualquer um pode faze-lo através do seu e-banking, depois a crise chegou, e todos ficamos com as nossas ricas ações á espera que voltem a subir e sem metade do nosso dinheirinho….
É claro, que a crise mundial é culpa de todos nós, pois somos nós, consumidores, que compramos ….
Se entendermos o dinheiro como um produto de consumo, então, fomos atrás das campanhas de apelo ao consumo e consumimos demais….
Mas o dinheiro não são maças ou pão, é um produto especial, chamemos-lhe produto de longa duração e que tem de ser bem remunerado, se é bem remunerado, alguém está a ter grandes lucros e grandes rentabilidades.
Se assim é, quem tem lucros, quer sempre mais e como tal, não deveria preocupar-se com o futuro? Sim devia, mas do meu ponto de vista, as coisas não foram bem previstas e preferiu-se o lucro imediato em vez de um lucro mais sustentado.
Não se resistiu á tentação de intoxicar o consumidor de produtos uma vez que ele comprava sempre, não se pensou, que mais cedo ou mais tarde não haveria capacidade de escoamento (pagamento) dos produtos…,aqui entra de novo o artigo que vos falei, “5 Lições da crise financeira mundial“!
Abraços
Nuno Cerejo